Ano de escolaridade:
11.º ano
Disciplina/área curricular:
Filosofia
 
Domínio/Tema:

Racionalidade argumentativa da Filosofia – Tese, argumento, verdade, validade e solidez 

Prova/Ano escolar:
Exame final nacional de Filosofia (714) | 1.ª Fase de 2023
Palavras-chave:
aplicar; solidez; validade; premissas verdadeiras
 

Apresentação do Item (Clique aqui para aceder à prova em PDF):

 

 

Características do Item
Tipologia:
Item de seleção
Formato:
Escolha múltipla
Tipo de suportes:
Sem suporte
Nível de complexidade cognitiva:
Nível 2 (médio) – aplicar
 
Dados estatísticos
        Percentagem de acerto:
12%
        Grau de dificuldade:
 
Muito difícil
 
Objetivos do item: o que se pretende avaliar e sua relação com as AE e o PA

Aplicar as noções centrais de argumentação, relacionando-as: noções de solidez, de verdade e de validade (ou forma lógica).

AE – Operacionalizar os conceitos de [...] validade, verdade e solidez, usando-os como instrumentos críticos da filosofia.

PA – Raciocínio e resolução de problemas (interpretar informação); Saber científico, técnico e tecnológico (mobilizar noções técnicas, aplicando e relacionando conceitos de uma dada área do saber). 

 
Critérios de classificação (Clique aqui para aceder aos critérios de classificação em PDF):

As respostas ao item são classificadas de forma dicotómica, ou seja, a pontuação só é atribuída às respostas corretas, sendo todas as outras respostas classificadas com zero pontos.

Seleção da opção correta (Opção C).  

 
Exemplos de didáticas e situações de aprendizagem a que os alunos poderiam ser sujeitos para responder corretamente ao item:
  1. Partindo da noção de solidez, explicitar as duas condições necessárias de um argumento sólido: 1) o argumento ser válido e 2) todas as suas premissas serem verdadeiras.

  2.  Como a finalidade deste tipo de item é apurar se os alunos compreendem a definição de solidez e se a aplicam corretamente (e não se conseguem definir solidez), devem ser feitos exercícios de aplicação da noção, de modo a testar a sua operacionalização.

  3. Estes exercícios podem consistir na análise de exemplos de argumentos que, por violarem diferentes condições necessárias, não são sólidos, de modo que os alunos identifiquem as condições satisfeitas, se existirem, e as condições violadas. Isso equivale a apresentar três tipos de exemplos: a) de argumentos que sejam válidos, mas não tenham todas as premissas verdadeiras; b) de argumentos que tenham todas as premissas verdadeiras, mas não sejam válidos; c) de argumentos que não sejam válidos nem tenham todas as premissas verdadeiras. Estas são as três situações em que um argumento não é sólido.

  4. Eis um exemplo do primeiro caso, ou seja, de um argumento válido, mas que tem premissas falsas:

    Todos os italianos são morenos.

    Boris Johnson é italiano.

    Logo, Boris Johnson é moreno.

    Os alunos deverão começar por descobrir que o argumento tem uma forma lógica correta e que, só por essa razão, é válido. Todavia, conseguirão verificar que o argumento não é bom, ou seja, que a sua validade não basta para o tornar bom. Observarão que o argumento se baseia em informação falsa (tem premissas falsas) e concluirão que o argumento não é sólido apenas por não ter premissas verdadeiras.

  5. Eis um exemplo do segundo caso, que poderá ser comparado com o primeiro:

    Todos os italianos são europeus.

    Leonardo da Vinci é europeu.

    Logo, Leonardo da Vinci é italiano.

     
    Aqui, os alunos deverão ser desafiados a decidir se as premissas são verdadeiras (ou falsas) e conseguirão verificar que ambas são verdadeiras. Seguidamente, poderão ser desafiados a apurar se o argumento tem (ou não) uma forma válida e, sob a orientação do docente, acabarão por descobrir que a sua forma lógica é incorreta, concluindo que o argumento é inválido. Por fim, aplicarão a definição de solidez e decidirão que o argumento não respeita apenas uma das condições: ser válido. Assim, compreenderão que, quando se afirma que um argumento falha apenas devido à sua forma, isso significa que tem premissas verdadeiras (o que se verifica precisamente no exemplo dado).

     Nota: Para ajudar os alunos a verificar que o argumento, apesar de ter premissas e conclusão verdadeiras, é inválido, o docente pode apresentar o argumento seguinte:

     Todas as italianas são europeias.

    Ana Moura é europeia.

    Logo, Ana Moura é italiana.

     Este argumento tem a forma do anterior; todas as suas premissas são verdadeiras; contudo, a sua conclusão é falsa. Isso significa que a forma dos dois argumentos é inválida.


* Complexidade não é sinónimo de Dificuldade.
A complexidade tem a ver com o processo cognitivo que é requerido para a realização da tarefa ou do item de avaliação. É definida antes e durante o processo de construção da tarefa ou do item.
A dificuldade pode e deve ser estimada, mas só é possível determinar com exatidão depois da aplicação do instrumento/tarefa, através dos resultados obtidos.