Ano de escolaridade:
10.º ano
Disciplina/área curricular:
Filosofia
 
Domínio/Tema:

Racionalidade argumentativa da Filosofia - Tese, argumento, validade, verdade e solidez

Prova/Ano escolar:
Exame final nacional de Filosofia (714) | 1.ª Fase de 2025 - Versão 1
Palavras-chave:

aplicar; validade; verdade; solidez    

 

Apresentação do Item (Clique aqui para aceder à prova em PDF):

Versão 1- item 1

 

 

Características do Item
Tipologia:
Item de seleção
Formato:
Escolha múltipla
Tipo de suportes:
Sem suporte
Nível de complexidade cognitiva:

Nível 2 (médio) – aplicar

 
Dados estatísticos
        Percentagem de acerto:
-----
        Grau de dificuldade:
 
-----
 
Objetivos do item: o que se pretende avaliar e sua relação com as AE e o PA

 Aplicar as noções centrais de argumento válido e de argumento sólido, relacionando-as.

AE – Operacionalizar os conceitos de [...] validade, verdade e solidez, usando-os como instrumentos críticos da filosofia.

PA – Raciocínio e resolução de problemas (interpretar informação); Saber científico, técnico e tecnológico (mobilizar noções técnicas, aplicando e relacionando conceitos de uma dada área do saber). 

 
Critérios de classificação (Clique aqui para aceder aos critérios de classificação em PDF):

versão 1

As respostas ao item são classificadas de forma dicotómica, ou seja, a pontuação só é atribuída às respostas corretas, sendo todas as outras respostas classificadas com zero pontos.

Seleção da opção correta (Opção B)

 
 Exemplos de didáticas e situações de aprendizagem a que os alunos poderiam ser sujeitos para responder corretamente ao item:
  1. Dado que a finalidade deste tipo de item é apurar se os alunos são capazes de relacionar corretamente as noções de validade e de solidez, não basta que eles saibam definir separadamente ambos os conceitos, devendo o professor começar por mostrar que os argumentos sólidos são um subconjunto dos argumentos válidos, ou seja, que nem todos os argumentos válidos são sólidos (havendo, portanto, maus argumentos válidos), mas que todos os sólidos são válidos (sendo a validade, portanto, um dos ingredientes da solidez).
  2. Isso pode ser mostrado apresentando aos alunos exemplos de argumentos válidos que não são sólidos, isto é, casos simples de argumentos válidos com premissas claramente falsas. Por exemplo, o argumento seguinte é claramente válido, pois a sua forma lógica (silogismo disjuntivo) garante que aquela conclusão se segue daquelas premissas:

Évora é uma cidade algarvia ou minhota.

Mas uma cidade minhota não é.

Logo, Évora é uma cidade algarvia.

 Apesar de ser válido, este argumento não é sólido, porque a sua primeira premissa é falsa.

Contrastando o exemplo anterior com o seguinte, muito parecido, torna-se mais clara a relação entre validade e solidez, mas também aquilo que as distingue.

Évora é uma cidade alentejana ou minhota.

Mas uma cidade minhota não é.

Logo, Évora é uma cidade alentejana.

Neste caso, a forma do argumento mantém-se, pelo que continua a ser válido. A única coisa que mudou é que, em vez de, como no primeiro argumento, a premissa inicial ser falsa, neste segundo argumento a premissa inicial é agora verdadeira. Assim, ambos têm a mesma forma válida, mas o segundo é também sólido.

  3. Uma maneira de resumir a relação entre validade e solidez é usar as noções de condição necessária e condição suficiente,  mostrando que a validade é condição necessária, mas não suficiente, da solidez.

 


* Complexidade não é sinónimo de Dificuldade.
A complexidade tem a ver com o processo cognitivo que é requerido para a realização da tarefa ou do item de avaliação. É definida antes e durante o processo de construção da tarefa ou do item.
A dificuldade pode e deve ser estimada, mas só é possível determinar com exatidão depois da aplicação do instrumento/tarefa, através dos resultados obtidos.