Ano de escolaridade:
12.º ano
Disciplina/área curricular:
Português Língua Segunda
 
Domínio/Tema:

Conhecimento da Língua

Prova/Ano escolar:
Exame Final de Português Língua Segunda (138) | 1.ª fase de 2022
Palavras-chave:

verbo; transitivo direto; transitivo-predicativo; auxiliar; copulativo; função sintática

 

Apresentação do Item (Clique aqui para aceder à prova em PDF):

 Grupo II, item 6

 

Características do Item
Tipologia:
Item de seleção
Formato:
Escolha múltipla
Tipo de suportes:
Excerto de apreciação crítica
Nível de complexidade cognitiva:
Nível 1 (inferior) – identificar; classificar
 
Dados estatísticos
        Percentagem de acerto:
31,8%
        Grau de dificuldade:
 
Difícil
 
Objetivos do item: o que se pretende avaliar e sua relação com as AE e o PA

   Com este item, pretende-se avaliar a capacidade de identificar classes e subclasses de verbos, em função dos constituintes da frase que lhes estejam associados.

 

Relação com o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (áreas de competências):

«Linguagens e Textos»;

«Raciocínio e Resolução de Problemas».

 
Critérios de classificação (Clique aqui para aceder aos critérios de classificação em PDF):

As respostas aos itens de escolha múltipla são classificadas de forma dicotómica. A pontuação só é atribuída às respostas corretas, sendo todas as outras respostas classificadas com zero pontos. A transcrição do texto da opção escolhida é considerada equivalente à indicação da letra correspondente.

Chave: (D) copulativo.

 
Exemplos de didáticas e situações de aprendizagem a que os alunos poderiam ser sujeitos para responder corretamente ao item:

Para os alunos desenvolverem as capacidades que lhes permitam responder a este tipo de itens, devem ser realizadas atividades que impliquem o reconhecimento, a classificação, a explicação e a aplicação de regras gramaticais em contextos significativos, evidenciando-se sempre a função pragmática do discurso.

Os itens propostos devem ter formatos diversos, de modo a mobilizarem operações cognitivas de diferentes graus de complexidade.

Neste âmbito, as produções escritas desempenham um papel fundamental na consolidação do conhecimento explícito da língua portuguesa.

 

Exemplos de situações de aprendizagem:

 

Oficina gramatical. Observação e análise de dados linguísticos pelos alunos, a partir da constituição de um corpus. Cada uma das atividades realizadas neste âmbito deve contribuir para a consolidação do conhecimento gramatical, assegurando que os alunos cheguem às conclusões a seguir explicitadas.

 

  • Apresentação de frases que evidenciem, através de palavras sublinhadas a cores diferentes, que os verbos pertencentes a diferentes subclasses não são comutáveis entre si, isto é, se os verbos pertencerem a subclasses diferentes, não podem ocupar a mesma posição na frase.

 

  • Resolução de exercícios (por exemplo, itens de resposta curta e itens de completamento) que confirmem que o número e a categoria dos constituintes que o verbo seleciona como complementos são distintos:
    • nos transitivos diretos, o complemento é um sintagma nominal ou uma frase sem preposição;
    • os transitivos-predicativos selecionam dois complementos;
    • os transitivos diretos selecionam um complemento direto que pode ser substituído por um pronome pessoal como -o ou por um pronome demonstrativo como isso;
    • nos copulativos, o constituinte que é complemento pode ser uma expressão adjetival, preposicional, adverbial ou nominal;
    • no caso de ser adjetival, e em alguns casos em que é nominal, concorda em género e número com o sujeito;
    • no caso dos verbos transitivos-predicativos, existe concordância em género e número entre o complemento direto e o predicativo do complemento direto.

 

  • Resolução de exercícios (por exemplo, itens de associação e itens de escolha múltipla) que permitam constatar que o constituinte sujeito, em certas ocorrências, tem de ser semanticamente compatível com o verbo (caso dos verbos principais, em que se integram os transitivos diretos e os transitivos-predicativos) e, noutras, esse constituinte tem de ser semanticamente compatível com um outro elemento da frase (outro predicador: o verbo principal, no contexto dos auxiliares; o predicativo do sujeito, no contexto dos copulativos). Inclusão de exemplos que contemplem:
    • formas verbais idênticas que não correspondem à mesma subclasse;
    • casos de verbos copulativos que ocorrem com sujeitos não humanos.

 

  • Construção de uma tabela, pelos alunos, após a realização das diferentes atividades, que apresente a tipologia de verbos, usando a terminologia adequada.

 

Oficina de escrita. Produção de textos diversos, mobilizando verbos de determinadas subclasses.

Autorretrato – predomínio de verbos copulativos (estar, ficar, parecer, ser, tornar-se, etc.).

  • Observação de fotografias de um escritor e registo dos traços fisionómicos, bem como de aspetos de personalidade sugeridos pelo modo como está retratado. Atribuição do nome gestual a essa figura.
  • Redação de um texto em que o autor se apresente, contemplando os elementos registados.

 

Receita – predomínio de verbos transitivos diretos (adicionar, cozer, bater, envolver, juntar, etc.).

  • Seleção de uma cor a que o aluno associe um objetivo de desenvolvimento sustentável e elaboração de um esquema sobre o modo de a obter (por exemplo, o azul da conservação dos oceanos).
  • Escrita de um texto que, respeitando a matriz discursiva de uma receita, explicite as diferentes fases do processo de confeção.

 

Texto de opinião – presença de verbos transitivos-predicativos (achar, considerar, eleger, julgar, supor, etc.).

  • Visionamento de uma notícia televisiva (com tradução em língua gestual portuguesa) sobre um acontecimento de natureza criminal.
  • Redação de um texto de opinião em que, mobilizando argumentos e exemplos adequados, se exponham as perspetivas dos envolvidos (por exemplo, o suspeito, o psicólogo, o investigador, o advogado, a vítima) e se formulem juízos valorativos consistentes com as pessoas que os produzem.

 

Regulamento – predomínio de verbos auxiliares (dever, estar, poder, ser, ter, etc.).

  • Participação da turma na revisão do regulamento interno da escola, em áreas que não estejam regulamentadas (por exemplo, a entrada e circulação de bicicletas ou o usufruto dos espaços verdes).
  • Redação de um conjunto de regras que evidencie o carácter normativo do texto e estabeleça os modos de funcionamento e os princípios de organização da comunidade escolar em determinada área.  


* Complexidade não é sinónimo de Dificuldade.
A complexidade tem a ver com o processo cognitivo que é requerido para a realização da tarefa ou do item de avaliação. É definida antes e durante o processo de construção da tarefa ou do item.
A dificuldade pode e deve ser estimada, mas só é possível determinar com exatidão depois da aplicação do instrumento/tarefa, através dos resultados obtidos.