Ano de escolaridade:
12.º ano
Disciplina/área curricular:
Português Língua Segunda
 
Domínio/Tema:

Conhecimento da Língua

Prova/Ano escolar:
Exame Final de Português Língua Segunda (138) | 1.ª fase de 2024
Palavras-chave:

coesão textual; cadeia de referência; anáfora; antecedente; correferente; textualização

 

Apresentação do Item (Clique aqui para aceder à prova em PDF):

Grupo II, item 4

 

Características do Item
Tipologia:
Item de seleção
Formato:
Escolha múltipla
Tipo de suportes:
Excerto de texto expositivo-argumentativo
Nível de complexidade cognitiva:
Nível 2 (Médio) – identificar; categorizar; relacionar
 
Dados estatísticos
        Percentagem de acerto:
48%
        Grau de dificuldade:
 
Médio
 
Objetivos do item: o que se pretende avaliar e sua relação com as AE e o PA

Com este item, pretende-se avaliar a capacidade de o aluno: identificar o antecedente de uma anáfora; associar os elementos correferentes numa relação anafórica com um mesmo referente; reconhecer cadeias referenciais.

 

Relação com o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (áreas de competências):

«Linguagens e textos»;

«Informação e comunicação»;

«Raciocínio e resolução de problemas».

 
Critérios de classificação (Clique aqui para aceder aos critérios de classificação em PDF):

 

As respostas aos itens de escolha múltipla são classificadas de forma dicotómica. A pontuação só é atribuída às respostas corretas, sendo todas as outras respostas classificadas com zero pontos. A transcrição do texto da opção escolhida é considerada equivalente à indicação da letra correspondente.

Chave: (B)

 
Exemplos de didáticas e situações de aprendizagem a que os alunos poderiam ser sujeitos para responder corretamente ao item:

 Para responder a este item, devem ser realizadas atividades que impliquem a identificação das anáforas e a sua associação às expressões referenciais, devidamente contextualizadas, evidenciando-se sempre o significado e a função pragmática do discurso. 

Os itens propostos devem ter formatos diversos e devem mobilizar operações cognitivas de diferentes graus de complexidade.

Neste âmbito, as produções escritas desempenham um papel fundamental na consolidação do conhecimento explícito da língua portuguesa.

 

Exemplos de situações de aprendizagem:

 

Oficina Gramatical. Observação e análise de dados linguísticos pelos alunos, a partir da constituição de um corpus. Cada uma das atividades realizadas neste âmbito deve contribuir para a consolidação do conhecimento gramatical em causa.

 

Reconhecimento de Cadeias Referenciais

Apresentação de pequenos textos exemplificativos de coesão referencial, sublinhando com a mesma cor a anáfora e o antecedente, de modo a evidenciar que:

  • uma mesma entidade é referida várias vezes por meio de expressões diferentes, entrando numa cadeia de referência;
  • a anáfora é uma palavra ou expressão cuja interpretação depende de outra palavra ou expressão que, no texto, lhe é anterior (Exemplo: A Maria e a Ana vivem no mesmo prédio, mas elas não se conhecem.);
  • a expressão referencial que fixa a referência da anáfora chama-se antecedente da anáfora;
  • os elementos correferentes não têm referência independente e, na superfície textual, remetem para o mesmo referente, estando, portanto, dependentes dele.

 

Resolução de exercícios (por exemplo, itens de resposta curta, itens de completamento, itens de escolha múltipla e itens de associação simples) que possibilitem:

  • a identificação de cadeias referenciais;
  • a identificação da anáfora;
  • a identificação do antecedente da anáfora.

 

 Oficina de Escrita. Produção gradual de frases, parágrafos e pequenos textos, evidenciando o uso de cadeias referenciais ao serviço da coesão textual.

 

Retrato de uma figura histórica a partir de um suporte visual – presença de cadeias referenciais ao serviço da descrição.

  • Descrição de uma personagem a partir de uma pintura ou de uma fotografia. No processo de descrição, o antecedente e as anáforas devem dar origem a cadeias referenciais ao longo do texto, ou seja, em diferentes unidades (frases ou parágrafos, contíguos ou próximos).
  • Observação do quadro de Diego Velázquez, Las Meninas (1656). Descrição da figura central, a infanta Margarita, recorrendo a expressões que incluam nomes como princesa, primogénita, herdeira, Sua Alteza, e a pronomes como ela, esta, entre outros. Todas as expressões devem ser correferentes. O pintor também pode ser designado como artista ou autor.

 

Escrita da biografia de um laureado com o Prémio Nobel – presença de cadeias referenciais em textos biográficos.

  • Pesquisa, no sítio oficial (nobelprize.org), de aspetos biográficos sobre uma personalidade galardoada numa das categorias do prémio (por exemplo, José Saramago, Doris Lessing, Barack H. Obama ou Malala Yousafzai).

Redação, para o suplemento juvenil de um jornal, da biografia da personalidade escolhida, respeitando as regras da coesão textual, em particular da coesão referencial. 


* Complexidade não é sinónimo de Dificuldade.
A complexidade tem a ver com o processo cognitivo que é requerido para a realização da tarefa ou do item de avaliação. É definida antes e durante o processo de construção da tarefa ou do item.
A dificuldade pode e deve ser estimada, mas só é possível determinar com exatidão depois da aplicação do instrumento/tarefa, através dos resultados obtidos.