Ano de escolaridade:
12.º ano
Disciplina/área curricular:
Português Língua Segunda
 
Domínio/Tema:

Conhecimento da Língua

Prova/Ano escolar:
Exame Final de Português Língua Segunda (138) | 1.ª Fase de 2025
Palavras-chave:

frase coordenada; função sintática; sujeito nulo; textualização

 

Apresentação do Item (Clique aqui para aceder à prova em PDF):

Grupo II

 

Características do Item
Tipologia:
Item de seleção
Formato:
 Escolha múltipla
Tipo de suportes:
Texto dos media
Nível de complexidade cognitiva:
Nível 2 (Médio) – distinguir; interpretar; inferir
 
Dados estatísticos
        Percentagem de acerto:
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        Grau de dificuldade:
 
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Objetivos do item: o que se pretende avaliar e sua relação com as AE e o PA

Com este item, pretende-se avaliar a capacidade de o aluno distinguir termos de coordenação, interpretar o nexo semântico de construções coordenadas, bem como inferir o sujeito nulo (subentendido) em orações coordenadas.

Relação com o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (áreas de competências):

«Linguagens e textos»;

«Raciocínio e resolução de problemas».

 
Critérios de classificação (Clique aqui para aceder aos critérios de classificação em PDF):

As respostas aos itens de escolha múltipla são classificadas de forma dicotómica. A pontuação só é atribuída às respostas corretas, sendo todas as outras respostas classificadas com zero pontos. A transcrição do texto da opção escolhida é considerada equivalente à indicação da letra correspondente.

Chave: (B)

 
Exemplos de didáticas e situações de aprendizagem a que os alunos poderiam ser sujeitos para responder corretamente ao item:

Para os alunos desenvolverem as capacidades que lhes permitam responder a este tipo de itens, devem ser realizadas atividades que impliquem o reconhecimento, a classificação, a explicação e a aplicação de regras gramaticais em contextos significativos, evidenciando-se sempre a função pragmática do discurso.

 

Os itens propostos devem ter formatos diversos, de modo a mobilizarem operações cognitivas de diferentes graus de complexidade. Neste âmbito, as produções escritas desempenham um papel fundamental na consolidação do conhecimento explícito da língua portuguesa.

 

Exemplos de situações de aprendizagem:

 

Oficina Gramatical. Observação e análise de dados linguísticos pelos alunos, a partir da constituição de um corpus. Cada uma das atividades realizadas neste âmbito deve contribuir para a consolidação do conhecimento gramatical em causa.

 

Etapa 1: Reconhecimento de Frases Coordenadas

Apresentação de frases resultantes de coordenação, sublinhando com a mesma cor cada oração coordenada e o respetivo elemento de coordenação (conector ou sinal gráfico), de modo a evidenciar que: 

  • as orações coordenadas podem ser articuladas através de conjunções ou locuções coordenativas ou através de sinais de pontuação, geralmente, vírgula ou ponto e vírgula;
  • as orações coordenadas são classificadas de acordo com o nexo semântico que exibem (copulativas, disjuntivas, adversativas).

 

Resolução de exercícios (por exemplo, itens de resposta curta, itens de completamento, itens de escolha múltipla e itens de associação simples) que possibilitem:

  • a identificação do conector que articula as orações coordenadas;
  • a interpretação do valor semântico do conector das orações coordenadas;
  • a classificação das orações coordenadas.

 

Etapa 2: Reconhecimento do Sujeito Nulo Subentendido em Frases Coordenadas

Apresentação de frases complexas resultantes de coordenação com sujeito nulo no segundo membro da coordenação, de modo a evidenciar que:

  • quando a flexão verbal não permite identificar de forma não ambígua o seu referente (ou seja, nas terceiras pessoas e nos casos de primeira pessoa do singular no imperfeito do indicativo e no conjuntivo), o sujeito nulo é normalmente interpretado como estando referencialmente dependente do sujeito do primeiro membro da coordenação (A Marta abria a janela e começava a espirrar.);
  • o sujeito do segundo membro da coordenação não é geralmente nulo se for referencialmente distinto do sujeito do primeiro membro da coordenação (A Marta abria a janela e eu começava a espirrar.);
  • quando o pronome é expresso, a leitura independente é geralmente obrigatória (A Marta abria a janela e ela começava a espirrar.);
  • quando a forma verbal tem desinências que permitem identificar de forma não ambígua o sujeito, pode ocorrer com mais facilidade a forma nula do pronome (A Marta abriu a janela e comecei a espirrar.).

Descrição retirada de Maria Lobo, «Sujeito nulo: sintaxe e interpretação», in Eduardo Raposo et al. (coords.), Gramática do Português, vol. II, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2013, pp. 2309-2335.

 

Resolução de exercícios (por exemplo, itens de resposta curta, itens de completamento, itens de escolha múltipla e itens de associação simples) que possibilitem:

  • a identificação do sujeito expresso no primeiro membro da coordenação;
  • o reconhecimento do sujeito nulo subentendido no segundo membro da coordenação, através do antecedente, da desinência verbal ou do contexto.

 

Oficina de Escrita. Produção de textos diversos, evidenciando a ocorrência de orações coordenadas com sujeito nulo subentendido.

 

Adivinha  

  • Elaboração, pelos alunos, de uma lista de dez praias de Portugal.
  • Pesquisa sobre curiosidades, características geográficas, atividades típicas, lendas ou histórias locais, relativas a essas praias, em publicações digitais (por exemplo, Turismo de Portugal).
  • Criação de uma adivinha que inclua, pelo menos, duas frases coordenadas com sujeito nulo subentendido no segundo membro da coordenação, por exemplo:

A praia fica em Sintra e tem nome de fruta. Que praia é? (Praia das Maçãs)

  • Elaboração de cartões com as adivinhas e sua tradução em Língua Gestual Portuguesa (LGP) para que os colegas adivinhem o nome das praias.

 

Declaração

  • Leitura de excertos exemplificativos de declarações (por exemplo, Declaração Universal dos Direitos do Homem, Declaração Universal dos Direitos da Criança ou Declaração Universal dos Direitos dos Animais).
  • Destaque das partes estruturantes da declaração: preâmbulo e artigos.
  • Criação, por pares, da Declaração Universal dos Direitos do Banhista:
    • redação de um breve preâmbulo;
    • redação de cinco artigos que incluam frases coordenadas e sujeito nulo subentendido no segundo membro da coordenação, por exemplo:   

ARTIGO 1: O banhista tem direito a comer a sua bola de Berlim ou a beber o seu refrigerante na praia.

  • Apresentação, com recurso à ferramenta digital Padlet, das várias declarações e eleição da que respeita melhor o ambiente.


* Complexidade não é sinónimo de Dificuldade.
A complexidade tem a ver com o processo cognitivo que é requerido para a realização da tarefa ou do item de avaliação. É definida antes e durante o processo de construção da tarefa ou do item.
A dificuldade pode e deve ser estimada, mas só é possível determinar com exatidão depois da aplicação do instrumento/tarefa, através dos resultados obtidos.